segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mercado de trabalho, emprego e informalidade: uma análise para o Amazonas

Nas últimas décadas, foram intensas as modificações estruturais na economia, assim como as transformações ocorridas no mercado de trabalho. Essas transformações, que acompanham a integração da economia, ocasionam o surgimento de novas formas de trabalho e exigem maior capacitação do trabalhador. Assim, verifica-se o aumento do desemprego, da informalidade e da precariedade do trabalho com menor proteção social. Devido às mudanças ocorridas na economia e no mercado de trabalho nas últimas décadas, estudos que busquem entender mudanças desta natureza tornam-se importantes. No Amazonas, a análise da taxa de participação revelou que os homens e as mulheres apresentaram aumento da participação no período de 2001 a 2007. As mulheres obtiveram taxas de participação inferior aos homens, porém com ritmo de crescimento bastante acelerado durante o período analisado. O desemprego no Amazonas mostrou-se elevado, em 2007 chegou a 10,29%, revelando-se acima da taxa de desemprego brasileira. A variação da taxa de desemprego no Amazonas apresentou picos nos anos 2002 e 2003, ficando acima da Região Norte e do Brasil. A análise do nível de ocupação mostrou que apenas metade das pessoas em idade ativa estavam ocupadas no Amazonas em 2007. Já a análise do nível de ocupação por sexo, mostra que durante todo o período analisado, os homens mantiveram-se com nível de ocupação superior às mulheres. Quanto à informalidade, o estudo mostrou que no âmbito do estado do Amazonas o mercado informal continua em crescimento, em 2004, o Amazonas chegou a ter metade dos trabalhadores na informalidade, houve arrefecimento deste crescimento nos anos posteriores chegando em 2007 a taxa de 44,73%. No Amazonas houve um pequeno aumento da incidência de trabalho infantil, em 2007 chegou a 8%, apesar disso, o estado do Amazonas manteve-se com taxas inferiores a Região Norte e ao Brasil. Outro déficit verificado é a pequena proporção (menos da metade) de ocupados que contribui para a Previdência Social, além disso, o estudo mostrou que houve queda desse indicador nos últimos anos. Quanto ao excesso de horas trabalhadas, no Amazonas, em 2001, quase a metade dos trabalhadores ocupados trabalhava mais de 45 horas semanais, em 2007 este número caiu consideravelmente. O estudo mostrou que vários indicadores apresentaram déficit no Amazonas durante o período analisado. A taxa de desemprego mostrou-se elevada e acima da média brasileira, resultando no crescimento da informalidade e do trabalho infantil. A segregação por sexo revelou-se expressiva no período estudado, as mulheres possuem taxa de participação, nível de ocupação e renda inferior aos homens e estão mais desempregadas que os homens. A porcentagem dos trabalhadores com jornadas excessivas recuou, mas ainda é elevada.


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